27/06/10 Devolvo Seu Amor Em Três Dias


O marido de Edna ficou desaparecido uma semana. Até que, no oitavo dia, ela recebeu a visita do seu compadre Antônio, que exclamou: - Descobri que seu esposo fugiu com minha mulher e estão vivendo num sítio perto daqui! Então a moça caiu em prantos e disse: - Não acredito que ele fez isto! - Eu já desconfiava que ele tinha uma amante, mas nunca me passou, pela cabeça, que fosse a comadre Violeta! Assim naquele mesmo dia, Edna abriu a sua caixa de correios e viu um panfleto, onde estava escrito: - Sou vidente e devolvo seu amor em 3 dias. - Telefone:... A mulher não pensou duas vezes e marcou uma sessão com a “curandeira”. Lá ela explicou sua estória e a vidente disse: - Com certeza, posso fazer seu esposo aparecer no portão da sua casa em três dias, vivo ou... - Basta você me pagar mil reais, podendo parcelar em dinheiro, cheque ou cartão. Além de fazer a simpatia de matar um bode preto num cemitério e rechear o bucho dele com mel com o nome do seu amado. Edna aceitou, a proposta, na hora. Assim pagou a mística, naquele mesmo segundo, e fez o ritual aconselhado. Às dezoito horas do dia seguinte, a moça estava rezando para que seu marido voltasse. Quando, de repente, escutou três tiros no portão da sua casa. Edna correu ao local e viu seu compadre Antônio com a arma na mão e seu marido estendido no chão. No dia seguinte, após o enterro do seu companheiro, a moça invadiu o consultório da vidente e exclamou: - O seu trabalho não deu certo! - Afinal, meu marido faleceu, bem no portão da minha residência, no dia em que era para ele voltar para mim. Desta maneira a “curandeira" respondeu: - Pare de calúnias, sua louca! - Meu trabalho deu tão certo que ele apareceu, do nada, na frente da sua casa! - Afinal eu disse que o seu esposo iria aparecer vivo, ou, morto na sua residência e isto aconteceu! - Pense bem: a sete palmos do chão ele nunca irá lhe trair. Reza a lenda que toda a dama que procura videntes que anunciam promessas como: “Devolvo Seu Amor Em Três Dias” são vítimas de fatalidades. Exemplos: o marido fujão pode ser assassinado em frente ao portão de casa; o ex-namorado pode desmaiar na rua em que ela mora; o paquera da escola pode ter uma parada cardíaca na mesma sala–de–aula em que ela estuda, etc.
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