29/08/10 Gilles de Rais


Gilles de Rais, o barão de Laval, nasceu em 10 de Setembro de 1404 em Machecoul, próximo a fronteira com a Bretanha e foi um nobre frances e soldado que lutou ao lado de Joana D’Arc contra os ingleses.
Porém ele não ficou conhecido por suas vitórias e sim por ser acusado e condenado por torturar e estuprar um grande número de crianças.
Após a morte de seus pais, ele Gilles e o irmão foram morar com o avô materno que ensinou aos garotos o narcisismo, a soberba, o poder e o orgulho.
Aos 14 anos ganhou uma grande armadura milanesa e já demonstrava sua agressividade, primeiramente com animais, depois com seres humanos. Aos 15 anos cometeu seu primeiro assassinato, a vítima era sua amigo Antion que foi chamado para um duelo que achava ser inofensivo mas acabou agonizando até a morte.
Com o passar do tempo, as derrotas contra os ingleses na batalha de Patay e a morte de Joana D'Arc, o levaram a deixar a vida militar na qual ingressou por causa de seu temperamento. Separado de sua esposa Catherine com quem tinha uma filha, ele foi para o castelo de Tiffauges, na Bretanha Francesa.
Entre 1432 e 1440, chegaram a contabilizar o desaparecimento de mais de 1.000 meninos entre 8 e 10 anos na Bretanha. Em seu castelo, Gilles estava rodeado de uma corte grotesca de bruxas, alquimistas e sadistas. Gastava toda a fortuna em obras artísticas que lhe recordavam as campanhas com Joana D'Arc e em festas para seus estranhos amigos e conseilheiros. As bizarrices, porém, ocorriam ao cair da noite, quando ele dedicava-se a torturar, estuprar e assassinar meninos, sequestrados por 'bruxas'. Para defender-se de acusações de que os meninos eram levados ao seu Castelo, Gilles dizia que os entregava a Inglaterra para se converterem em padres.
Tudo acabou em outubro de 1440, quando uma investigação levou até Gilles de Rais. Em seu julgamento ele se declarou inocente, mas, em um de seus transtornos de personalidade, assumiu a culpa, dizendo estar arrependido. Gilles documentou todos os assassinatos e ações conturbadas. As declarações chocaram a França, pois era considerado um herói pelo povo. Chegaram a contabilizar 200 vítimas, porém é certo que este número seja bem maior.
No dia 26 de outubro de 1440, Gilles de Rais e seus 'colaboradores' foram levados até Nantes, onde foram enforcados e depois queimados.
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