Liza fechou a porta sem fazer barulho e deu uma olhada no
escritorio apertado. Prateleiras e arquivos gemiam sob pilhas de livros,
rolos de pergaminho, estatuas antigas e outras bugigangas, reunidas
numa vida inteira de pesquisas mundo afora. O Prof. McCarthy se recusava
a permitir a entrada dos faxineiros em seu escritorio, temendo que eles
quebrassem ou roubassem alguma coisa...Ou Descobrissem o cofre
encondido atras do retrato na parede. Liza sorriu e passou com cuidado
pelos restos de provas empilhados no chao. Esticou o braço para tirar a
moldura do gancho na parede e revelar a minuscula porta do cofre.
Foram
necessarios pucos segundos para abri-la com a combinação, o nome
numerologico de um Principe-Demonio citado no Condice de Dubai. McCarthy
era tao previsivel.
Liza enfiou a mao no cofre e tateou
em busca do folo de pele de cabra. Retirou-o com vagar e cuidado e
depositou-o sobre a escrivaninha com as palmas das maos umidas de
expectativa. Esfregou-as nas calças e apanhou uma lente de Aumento.
Sem
Aviso, um livro caiu de das prateleiras. A moça prendeu a respiração e
virou-se, com o coração prestes a explodir dentro do peito.
Um Gato preto miou para ela.
Liza
franziu o cenho. Quem diria que McCarthy tinha um gato? Ela voltou a se
concentar no volume e o desenrolou. A Poeira esvoaçou, exsudando um
cheiro estranho e pungente, como o de pelo molhado misturado com. . .o
que? Urina de Bicho? Liza franziu o nariz, enojada. Ela se inclinou,
pronta para ler os glifos desbotados, quando o gato soutou um lamento
grave e um silvo. Com o canto do olho, Liza viu o animal recuar como se
estivesse assustado com alguma coisa atraz dela. Algo que fedia a pelo
molhado e Urina de bicho...
Continua...
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